Springe direkt zu Inhalt

Concretismo e neoconcretismo: espaço poético em movimento

Parangolé (1972): Hélio Oiticica

Parangolé (1972): Hélio Oiticica
Crédito: Katalog Barros

21.10.2010, 19:00 Uhr

Local: Lateinamerika-Institut der Freien Universität Berlin, Rüdesheimer Str. 54 – 56, Raum 201, 14197 - Berlin

No âmbito da exposição O Desejo da Forma - Neoconcrestimo e arte contemporânea brasileira

Palestra: Prof. Dr. Lígia Chiappini e Teresa Bueno

Inspirados na pintura de Mondrian e Malevitch, na escultura de Max Bill, na arquitetura de Le Corbusier e Oscar Niemeyer, na literatura de Ezra Pound e James Joyce, assim como na música eletrônica de Anton Weber, um grupo de artistas plásticos e poetas fundam na década de 50 o concretismo brasileiro.

Artistas plásticos e poetas teorizavam também no Brasil sobre a função do tempo e do espaço na pintura e na poesia. Os “Concretos” de São Paulo chegam à conclusão de que sua poesia deveria ser “verbicovisual”. Experimentou-se com palavras e imagens. Elas não estavam mais limitadas às páginas e às telas. Composições espaciais substituem os versos na poesia, as imagens saltam para fora da tela. Sons são transformados em música, às vezes até em disco.

Alguns poetas levam esse propósito tão longe que as palavras quase desaparecem. É rompida a fronteira entre arte do espaço e a arte do tempo, conforme Lessing as havia dividido. A assim originada poesia sem palavras desperta uma grande polêmica. Não pára por aí. Leitores e espectadores são convidados a uma ativa participação. Todos os sentidos são despertados por formas, cores e sons. Poeia e arte se tornam performance neoconcreta.

A procura por um espaço poético em movimento parece contagiar a todos. Linhas e formas não ficam mais fixadas em imagens, senão vibram, preenchem as telas, os espaços, a cidade. A capital do Brasil é transferida. Planejada segundo a forma de uma avião, a nova capital localizada no centro geográfico do “país do futuro” é construída como símbolo de integração e desenvolvimento.