Após um período de isolamento internacional sob o governo de Jair Bolsonaro, o Brasil retorna ao cenário global com o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. As expectativas em torno do papel diplomático e geopolítico do país são elevadas, especialmente diante de eventos estratégicos como:
- Presidência do G20 em 2024
- Coordenação do grupo ampliado dos BRICS em 2025
- Sede da COP 30 em Belém do Pará, em novembro de 2025
Esses marcos oferecem ao Brasil a chance de se firmar como um ator relevante na política internacional. No entanto, o país enfrenta desafios consideráveis em um cenário global cada vez mais polarizado e marcado por disputas geopolíticas. A crescente tensão internacional — incluindo a disruptiva presidência de Donald Trump— lança incertezas sobre a capacidade brasileira de atuar como mediador ou de manter uma política externa independente.
Questões centrais:
- Brasil e os BRICS: Como o Brasil lidará com a pressão de um eventual novo governo Trump? Será possível manter influência no grupo e, ao mesmo tempo, cultivar uma política externa autônoma?
- Guerra na Ucrânia: O plano sino-brasileiro de paz foi rejeitado por Kiev. Qual o papel que o Brasil pode exercer em uma eventual negociação entre Trump e Putin?
- Conflito Israel-Palestina: Em fevereiro de 2024, Lula afirmou: "O que o governo israelense faz contra o povo palestino não é uma guerra, é um genocídio". Quais são as consequências diplomáticas dessa declaração?
- Crise na Venezuela: A tentativa de mediação com Colômbia e México fracassou. O governo brasileiro subestimou a resistência de Maduro em abrir mão do poder?
- Ampliação dos BRICS: A entrada de países como Irã, Egito e Arábia Saudita fortalece ou enfraquece o papel do Brasil dentro do grupo? É possível estabelecer uma agenda própria frente à crescente influência da China?
- Conexões entre política interna e externa: Como a política externa pode afetar os conflitos políticos internos, especialmente diante do julgamento iminente de Bolsonaro por tentativa de golpe?
- Democracia e autoritarismo: Como o Brasil se posiciona entre um multilateralismo baseado em regras e uma geopolítica pragmática de “deals”?
- Parcerias estratégicas: Em tempos de redefinição da ordem global, quem são os aliados e adversários do Brasil? É viável manter uma postura "neutra"?
Formato: Evento online
Data: 13 de maio de 2025
Horário: 18:30–20:30 (Berlim) | 13:30–15:30 (Rio de Janeiro/São Paulo)
O evento terá tradução simultânea português alemão
Painelistas:
- Andreas Behn – Diretor da Fundação Rosa Luxemburgo no Brasil
- James Green – Coordenador Nacional da US Network for Democracy in Brazil e presidente do conselho diretor do Washington Brazil Office
- Mônica Valente – Membra do Diretório Nacional do PT e da diretoria da Fundação Perseu Abramo
- Leticia Tura – Diretora Executiva Nacional da FASE
Moderação:
Luiz Ramalho (Fórum da América Latina de Berlim)
Myriam Sauer (Instituto de Estudos Latino-Americanos, Freie Universität Berlin)
Instituições organizadoras:
- Fórum da América Latina de Berlim
- Fundação Rosa Luxemburgo
- Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Livre de Berlim
- MECILA – Maria Sibylla Merian Centre, São Paulo
Outras instituições parceiras dos Diálogos Brasil-Berlim:
Fundação Heinrich Böll, Fundação Friedrich Ebert, Misereor, Pão para o Mundo, FDCL, KoBra, Brasilien Initiative Berlin
Horário e Lugar
13.05.2025 | 13:30 - 15:30
Online