Por um lado, devem ser mostradas a herança da cultura política, as origens e funções das categorias étnicas na América Latina e por outro, a exclusão da história colonial dos discursos republicanos desde o começo do século XIX no trabalho de doutorado  em sua construção e permanente reprodução sob as mutáveis condições políticas e econômicas. Esta discussão é colocada num contexto que - numa aproximação histórica a exemplo da região norte do Peru - demonstra o  desenvolvimento de uma sociedade culturalmente heterogênea, cooperativa e integracionista, estabelecendo um contraponto permanente nas formações dos discursos políticos e étnicos numa constante relação de atualidade.

Procura-se, assim, ultrapassar o enfoque histórico de colonizados e colonos que construiu  grupos próprios e alheios. Além disso, apresenta-se uma contraproposta  à “doutrina do multiculturalismo”, que é negada no debate atual no Peru.