Springe direkt zu Inhalt

Fragmentação do Eu

Feldman entende que a experiência da imigração é  frequentemente marcada pela construção de uma identidade fragmentada entre o país de origem (no caso de seus estudos, Portugal) e o país de destino.  Este processo ela conceitua como “fragmentação do eu”.

Ela relata, por exemplo, como aqueles que emigraram ainda crianças são fortemente marcados pelo confronto com a superposição de valores culturais antagônicos e pela fragmentação do eu, dividido “entre culturas”.

As narrativas das mulheres, enraizadas na sua condição feminina, são perpassadas por memórias das proibições e repressões que lhes foram impostas pelos seus pais e que estão imbricadas na exacerbação de tradições familiares transmitidas através de gerações relativas à construção diferencial de gênero. Em sua pesquisa, observa que há diferentes estratégias para a reconstrução deste “eu fragmentado” enquanto algumas optam pela identidade americana, outras - principalmente aquelas que se tornaram intermediárias culturais ou intérpretes entre culturas - tendem a viver vidas duplas e paralelas: uma no âmbito doméstico e comunitário inserida no mundo português e outra enquanto membros da sociedade americana.

Fontes

Feldman-Bianco, B. (2000). Immigration, Cultural Contests and Reconfigurations of Identity: the case of female cultural brokers, 01/2000, Journal of Latin American Anthropology (Cessou em 2006. Cont. ISSN 1935-4932 Journal of Latin American and Caribbean anthropology), Vol. 5, Fac. 2, pp.126-141, Arlington, EUA.

Zwischen Räumen
Desigualdades
MISEAL